Por Tatiana Vasques
Quem assistiu a novela “Viver a Vida” deve ter ficado com vontade de conhecer Paris, especialmente na lua-de-mel, afinal Marcos e Helena, Luciana e Miguel e quase Tereza e Jean tiveram este como o destino desse momento tão especial. Mas eu preciso dizer que eles não foram únicos: a colunista que vos fala também teve sua lua-de-mel na capital francesa. Ulalá! (rs).
Modéstia à parte, vou contar como tudo aconteceu. Eu não pensava em passar a lua-de- mel em Paris, porém eu e meu marido (na época, ainda noivo) combinamos o seguinte: eu decidiria todos os detalhes da cerimônia e festa e ele se encarregaria da lua-de-mel.
Acordado isso: ele se decidiu por Paris e um tour pela Itália. Convenhamos que a escolha foi muito boa (apesar de eu preferir ir para um resort na Bahia. Calma, eu explico: a organização me deixou exausta e tudo o que eu queria era sol, sombra e caipiroska fresca – kkkkk).
Por outro lado, dizer que você vai passar a lua-de-mel em Paris é chique e, sobretudo, inspirador e assim, lá fomos nós. Nossa meta era aproveitar ao máximo, mas economizar, afinal, tínhamos 15 dias pela Europa e gastos já obtidos com a reforma do apartamento e o casamento.
Pensando assim, dispensamos o táxi do aeroporto, pegamos um ônibus e atravessamos a Champs-Élysées empurrando nossas malas. Ai, que luxo!! (kkkk) Ao chegar no hotel 3 estrelas que tínhamos escolhido pela internet, quanta decepção. Para começar, os atendentes não falavam nada em português, inglês ou espanhol (as línguas que eu sei), o elevador era 1m x 1m e só cabia uma mala e uma pessoa. Que medo! O hotel era todo com carpete vermelho, cheirando a mofo e o quarto era péssimo. A pia do banheiro ficava no quarto e cortina do box era de plástico. Apenas duas coisas se salvavam: era grudado à famosa Champs-Élysées e das principais atrações de Paris e tinha janela anti-ruído.
Ao constatar que um hotel 3 estrelas em Paris é um 10ª estrela no Brasil, tive uma crise de stress e comecei a chorar, implorando por meu apartamento no Tucuruvi, Brasil. Mas meu marido, com a calma de um recém-casado, me fez entender que usaríamos o quarto bem pouquinho: apenas para dormir e outras coisinhas que casais em lua-de-mel fazem.
Entendido isso, fomos explorar a cidade e que bela ela é. Merece mesmo ser a mais visitada por turistas em todo o mundo. É mesmo uma cidade para casais apaixonados. A Torre Eiffel com seus três andares impressiona: de cima para baixo e de baixo para cima.
Estar de frente para aquele monumento é algo indescritível. À noite, ela fica iluminada e ainda mais bonita. Para os casais mais endinheirados, há ainda um jantar à luz de velas no restaurante da torre. Mas esse não era o meu caso. Me contentei ao vê-la de longe com suas luzes acesas.
A Catedral de Notre-Dame e o passeio pelo Rio Siena são mais algumas das atrações clássicas que merecem todos os adjetivos. É claro que eu não poderia deixar de falar do Museu do Louvre com sua pirâmide de vidro e a Monalisa, de Leonardo da Vinci. Ela é um quadro pequeno, aparentemente sem graça, mas ao nos depararmos com seu olhar magnético, você encontra a sua beleza. O único problema do Louvre é que ele é gigante e andar por metade dele custa algumas bolhas nos pés ou cansaço nas pernas.
Já o Arco do Triunfo (em português) é maravilhoso. Ele fica literalmente no meio da Champs-Élysées. Fico imaginando se eu fosse francesa e tivesse que ir trabalhar passando por ali. Todos os dias eu passaria naquela avenida e veria aquele monumento. Com certeza, isso daria uma aliviada no stress. Ele é lindo e é possível subi-lo (para isso são mais de 250 degraus), mas vale a pena. De cima, você tem uma linda visão da avenida, da Torre e até da Catedral de Sacré-Cour (que, infelizmente, eu não conheci).
E além de tudo isso, em Paris, ainda é possível visitar inúmeros palácios, museus e ver arte por todos os lados. Em cada praça, em cada rua, há uma escultura, um monumento ou uma ponte a serem admirados.
Já sobre os franceses, não os achei tão “metidos” como dizem, mas também não são super simpáticos. E a comida, assim como as roupas, os perfumes, as bolsas, os sapatos etc, é MUITO cara. Por isso, para economizar, me alimentei de McDonald’s e do prato preferido da maioria dos franceses com menor poder aquisitvo: BAGUETE!! E claro, para economizar ainda mais, eu a comia do lado de fora do restaurante. Comer dentro do local, é mais caro.
Apesar das economias, do quarto mais ou menos, PARIS ficou gravado para sempre nas minhas lembranças como uma cidade apaixonante e merece ser o principal destino para casais enamorados, estejam eles em lua-de-mel ou não. E mesmo quem não tem par, é bom ir para lá. Quem sabe o amor não fala francês?
Até a próxima!