Por Livia Milani
Ele era meu colega de escola, foi chegando, chegando, virou meu amigo… Meu amigo predileto… Virou (ou sempre foi?) o amor da minha vida… Namorado, noivo… Quer saber mais? Vou contar…
Comecei o colegial numa nova escola, era o ano de 1992; tudo novo, e logo no primeiro dia de aula eu o conheci. Seu nome? Alex.
Nossa amizade foi forte desde muito cedo, vivíamos juntos, trabalhos, estudos, brincadeiras, piadas, risos, muitos risos. Cada dia ficávamos mais próximos e não por acaso o Alex começou a investir para que namorássemos. Eu sempre fui muito tímida e suas investidas foram sem sucesso, digo sem sucesso por 1 ano e 2 meses, até que resolvi ceder às suas investidas.
Comecei a namorar. Como aquele namoro me fazia bem. Eu tinha apenas 15 anos, mas sabia o que era amar uma pessoa. Adorava seu beijo, seu carinho, seu sorriso, adorava conversar com ele… Adorava simplesmente ficar ao seu lado. Ele realmente me fazia bem.
Contudo, depois de 2 meses e meio, a pedido dele, nosso namoro chegou ao fim. Chorei muito, sofri como gente grande, mas não adiantava insistir. Ele quis curtir sua juventude, pediu “exílio” e eu tive que aceitar.
Um dia li: “Amo tudo que tenho, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí”.
Nunca mais o vi, fiquei assim por 7 anos. E um dia, por acaso (será?) fui trabalhar na mesma empresa que a dele. É… Mas as coisas não seriam fáceis. Eu namorava fazia 5 anos e ele também.
Voltamos a nos encontrar, ele virou meu amigo (de novo), virou meu melhor amigo (de novo), e quando me dei conta, mais uma vez, ele era o dono do meu coração. As dúvidas começaram a rondar minha cabeça. E se ele me largasse de novo? E se ele quisesse só uma aventura? E se? E se? Tantos medos!!! Não quis arriscar. Não trocaria o certo pelo duvidoso. A atitude dele foi outra, ele terminou o relacionamento que ele tinha e veio com toda força com suas investidas. Pegou pesado, jogou duro, com suas maiores e melhores cartas, investiu pesado, PESADO!!
Ai… Ai… Eu pensava… Teria forças para suportar? Aquele amor estava forte, me dominava. E o que ele queria (só ele?) aconteceu… Eu não suportei, não suportei os pedidos do meu coração. E depois de quase 3 anos, terminei meu namoro da época e corri, corri em sua direção. Eu sabia, meu coração dizia, que desta vez, seria para sempre.
Começamos a namorar (dia 17/05/2002). Aquilo tudo era real. De novo AQUELE sorriso. De novo AQUELE beijo. De novo sua presença perto de mim.
Estava feliz e não acreditava que minha felicidade poderia ser maior do que aquilo que eu estava vivendo. Mas eu estava enganada, meu coração ainda teria que suportar muita coisa. Muita coisa BOOOOOOA.
Não tinha pretensão de ficar noiva, achava quase uma bobeira. Mas como a gente muda de idéia, não é mesmo?
Era dia 24 de dezembro de 2004, havíamos comprado nosso tão sonhado apartamento, esperávamos a entrada do ano de 2005 para montarmos aquele que seria o nosso “ninho de amor”. O Alex chegou naquela véspera de Natal com a informação que eu devia, junto com minha família, ir ao nosso apartamento porque seus pais nos dariam um presente lá.
Foi o que fiz, reuni minha família e fomos ao meu apartamento. Chegando ao apê, me deparei com a cena que ficará para sempre guardada na minha memória e em meu coração.
Ao entrar pela sala, encontrei um ramalhete liiiiiindo de gérberas e junto dele um cartão com a solicitação que eu fosse ao quarto. Fomos todos, lá já estavam meus sogros, minha cunhada, e claro ELE, quando entrei pela porta do quarto encontrei mais um ramalhete de gérberas (minha flor predileta) e desta vez, no lugar do cartão, uma pequena caixinha. Ao abri-la, duas lindas e brilhantes alianças de noivado!!!!
Alex pegou a caixinha da minha mão, retirou cuidadosamente as alianças e pediu aos meus pais, minha mão em casamento. Foi lindo! Único!
Chorei de tanta emoção. Chorei de emoção por dias… Dá para imaginar?
Resolvemos que nos casaríamos numa cerimônia simples, apenas de civil, no dia 01/07/2006, mas faltando um mês para meu tão sonhado casamento, o Alex veio com um pedido. Pediu que casássemos, além do civil, no religioso também.
Entretanto não haveria mais tempo para que a cerimônia religiosa acontecesse. Marcamos, então, para o primeiro final de semana do mês de julho do próximo ano. Sem pretensão alguma, acabamos marcando para o dia 07/07/07 nosso casamento religioso. Dizem os psicólogos que: A cada 7 anos, fecha-se um ciclo na vida de uma pessoa. 7, no alfabeto hebraico, corresponde à letra zain, que significa imaculado. 7 folhas tinha a carta de Pero Vaz de Caminha sobre o Brasil. Esses exemplos mostram que a sincronia dos números pode transmitir bons presságios.
Não sei se é verdade, mas acredito que seja. Os indícios dizem que esta data tem muito a ver com meu relacionamento e com meu amor, notem:
* Alex e eu nascemos no ano de 1977. * Aguardei por 7 anos para rever o amor da minha vida.
* Casei dia 07/07/07.
* Moramos no apartamento 21 que é a soma de 7+7+7. Epa! Não errei não: 3 vezes 7. Sim, talvez a historia que eu tenha contado esteja faltando um “7”.
Esta “peça” falta apenas nesta história, porque na nossa história ela já existe. Esta pecinha chama-se Gustavo e por caso nasceu de 37 semanas, no dia 07 do mês de setembro de 2008.
Nasceu forte, lindo. A cara de quem? Segundo uma grande amiga, eu pedi tanto a Deus para poder ficar com o Alex em tempo integral que “Ele” resolveu mandar uma copia para eu poder usufruir da presença do Alex, mesmo quando ele não está presente.
O Gustavo é a cara do Alex. Para minha felicidade. Revejo seu sorriso duas vezes, seus carinhos- duas vezes…
Posso dizer: Dois amores e um só coração – o MEU. Meu coração pleno, realizado e mais feliz que nunca.
“É muito bom morrer de amor e continuar vivendo”. (Mário Quintanda)